Alta performance, sorriso em risco: como o remédio para TDAH afeta sua boca

  • 18/11/2025
O uso indiscriminado de estimulantes do SNC oferece riscos subestimados à saúde bucal Freepik O ritmo incessante do mundo moderno criou uma nova métrica para o sucesso: a produtividade inesgotável. Seja no ambiente acadêmico, onde a concorrência por vagas e notas é ferrenha, ou no mercado de trabalho, que exige performance de alto nível e jornadas extensas, a busca por um "turbo" mental virou uma obsessão. É nesse contexto que o uso de medicamentos estimulantes do sistema nervoso central (SNC), originalmente desenvolvidos para tratar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ganhou o apelido de "smart drugs" (drogas inteligentes). Esses medicamentos, que incluem o popular metilfenidato e a lisdexanfetamina, agem potencializando neurotransmissores ligados à atenção e ao controle de impulsos. Mas o que começou como uma terapia legítima para quem realmente tem TDAH virou um atalho perigoso para muitos que buscam apenas melhora cognitiva. Dados internacionais, como os do NHS (Serviço Nacional de Saúde Britânico), mostram que entre 2021 e 2023, a prescrição desses estimulantes para adultos aumentou 32%, e 12% em crianças. No Brasil, o cenário não é diferente. Uma pesquisa de 2019 com universitários revelou que 5,8% relataram o uso de metilfenidato apenas para "melhora cognitiva", com 41% deles usando o medicamento nas quatro semanas anteriores ao estudo. O uso indiscriminado de smart drugs e o risco à saúde A preocupação com o uso indiscriminado e o comércio ilegal é tão grande que chegou a motivar operações policiais com nomes sugestivos. Em 2025, a polícia do Rio de Janeiro deflagrou a "Operação Breaking Bad" (referência à famosa série sobre química ilegal) para desmantelar um esquema de venda ilegal de medicamentos controlados, incluindo estimulantes do SNC. Este é um sinal claro de que o problema transcendeu o consultório médico e se tornou uma questão de saúde pública e segurança. O perigo dessas "smart drugs", quando usadas sem acompanhamento ou por quem não tem indicação clínica, reside não apenas no risco de dependência ou efeitos psiquiátricos, mas também nos efeitos colaterais físicos que, por serem considerados "menores" ou "toleráveis", são negligenciados. E é aqui que a saúde bucal entra em cena, atuando como um verdadeiro termômetro silencioso do corpo. Os efeitos colaterais dos estimulantes na boca Muitas pessoas que fazem uso (correto ou incorreto) de estimulantes do SNC não relacionam seus desconfortos bucais à medicação. Elas focam na melhora da concentração e subestimam sintomas que, na verdade, podem estar sabotando seu sorriso e a saúde de seus dentes e gengivas. Para o Dr. Frederico Coelho (CRO-GO 5621), fundador do Crool Centro Odontológico, Mestre e Doutor em Implantodontia, essa desinformação é um risco silencioso: "Nenhum efeito colateral, por mais simples que pareça, como a boca seca (xerostomia), deve ser subestimado. Os medicamentos para TDAH, por serem estimulantes, têm um impacto direto no sistema nervoso autônomo, afetando a produção de saliva. A saliva é nosso protetor bucal natural. Sem ela, o risco de cáries, gengivite e infecções dispara." Os principais efeitos colaterais dessas medicações que afetam a cavidade oral são: 1. Xerostomia (Boca seca) A saliva tem um papel crucial: lava as partículas de comida, neutraliza os ácidos produzidos pelas bactérias e fornece minerais (cálcio e fosfato) para remineralizar o esmalte. Risco aumentado: Sem saliva suficiente, o ambiente da boca fica ácido e as bactérias têm campo livre. Isso leva a um aumento significativo no risco de cárie de radiação (características de boca seca grave), gengivite e halitose (mau hálito). 2. Bruxismo e apertamento dental A medicação estimulante pode aumentar o estado de alerta e tensão, inclusive durante o sono ou períodos de concentração intensa. Esse estado de hiperatividade do SNC se manifesta muitas vezes como bruxismo (ranger os dentes) ou apertamento dental (força excessiva na mordida). Risco aumentado: O excesso de força sobre os dentes leva ao desgaste dental e à fratura do esmalte, comprometendo a estrutura do dente. Em casos crônicos, pode causar dor de cabeça, dor na mandíbula (Disfunção Temporomandibular – DTM) e sensibilidade exagerada. 3. Hábitos parafuncionais e dieta Os estimulantes podem suprimir o apetite e, ironicamente, levar a um aumento no consumo de bebidas e alimentos que "despertam" o corpo, como cafés adoçados, energéticos e refrigerantes. Risco aumentado: O consumo frequente de bebidas ácidas e açucaradas, combinado com a boca seca, cria um cenário de erosão ácida e cárie agressiva. É um "coquetel" perigoso para a integridade do esmalte. Quando a produtividade cobra um preço alto Para ilustrar o impacto real, vamos imaginar o caso de "Angélica" (nome fictício), uma jovem profissional de 25 anos. Angélica, sem um diagnóstico de TDAH, começou a usar o medicamento estimulante obtido de forma não supervisionada para dar conta de uma carga de trabalho exaustiva. Sua queixa inicial era a sensação de língua áspera e a constante necessidade de beber água, que ela atribuía ao estresse. Um ano depois, ela procurou o dentista no Crool Centro Odontológico com queixas mais graves: dentes da frente com aspecto "achatado" e sensibilidade aguda ao toque e ao frio. O diagnóstico: O exame clínico realizado pela equipe do Crool revelou um quadro avançado de xerostomia severa e bruxismo crônico. O dentista notou um desgaste dental significativo nas superfícies oclusais (a área de contato dos dentes) e incisais, causado pelo apertamento constante, intensificado pelo efeito estimulante da medicação. Além disso, a baixa produção de saliva contribuiu para o início de múltiplas lesões de cárie no colo dos dentes. O tratamento de Angélica no Crool envolveu mais do que restaurar os dentes. Foi necessário criar uma placa de mordida para proteger seu sorriso do bruxismo e estabelecer um protocolo de cuidados rigorosos para controlar a boca seca, incluindo o uso de saliva artificial e a reeducação dos hábitos de hidratação e higiene bucal. Para o Dr. Frederico Coelho, casos como o de Angélica são um alerta. "Muitas vezes, somos os primeiros profissionais a perceber os efeitos colaterais sistêmicos dessas medicações. O desgaste dental pode parecer cosmético, mas é um sinal de que há uma força destrutiva agindo sobre a boca, algo que tem relação direta com o uso de estimulantes. A avaliação odontológica periódica é fundamental para quem usa esses medicamentos, mesmo que sob prescrição", afirma. Cuidados essenciais para quem toma estimulantes Se você faz uso de medicamentos para TDAH, seja sob prescrição ou, especialmente, se faz uso indevido, é vital entender que sua rotina de saúde bucal precisa ser redobrada. Seu objetivo deve ser neutralizar os efeitos colaterais e proteger seu sorriso. 1. Combata a boca seca (Xerostomia) Hidratação constante: Beba água em pequenos goles ao longo do dia, mantendo uma garrafa sempre por perto. Evite sucos ácidos, refrigerantes e energéticos, que pioram a acidez bucal. Use saliva artificial: Pergunte ao seu dentista sobre géis e sprays de saliva artificial para umedecer a boca, especialmente antes de dormir. Gomas de mascar (Sem açúcar): Mascar chiclete sem açúcar após as refeições estimula a produção de saliva natural. 2. Proteja-se do bruxismo e desgaste Use placa de mordida: Se houver diagnóstico de bruxismo ou apertamento, a placa de mordida (ou placa miorrelaxante), feita sob medida por um dentista, é essencial para proteger os dentes do impacto e reduzir a tensão muscular. Atenção ao hábito diurno: Tente policiar-se durante o dia para manter os lábios unidos e os dentes separados (evitando o apertamento). 3. Reforce a higiene e a proteção Escovação e fio dental rigorosos: Capriche na higiene, pois a ausência de saliva torna a placa bacteriana mais aderente. Use cremes dentais com flúor. Flúor e remineralização: Para pacientes com alto risco de cárie devido à xerostomia, o dentista pode indicar enxaguantes bucais ou géis com alta concentração de flúor para remineralizar o esmalte enfraquecido. 4. Visitas regulares ao dentista Avaliação periódica: Pessoas que usam estimulantes do SNC devem visitar o dentista a cada 3 a 6 meses, não apenas anualmente. A equipe do Crool Centro Odontológico está preparada para monitorar os sinais precoces de xerostomia, bruxismo e desgaste, permitindo uma intervenção rápida antes que o dano se torne severo. Não troque o foco na sua carreira ou nos seus estudos pela saúde do seu sorriso. A alta performance só é sustentável quando acompanhada de saúde integral. Se você faz uso de medicamentos para TDAH ou busca uma avaliação odontológica completa para garantir que sua saúde bucal está em dia, o Crool é o local ideal. Agende sua avaliação e descubra como aliar saúde bucal, qualidade de vida e, sim, o máximo de produtividade. Tratamento odontológico? Crool, é lógico! Fonte: Crool Centro Odontológico Dentista responsável: Dr. Frederico Coelho (CRO-GO 5621), fundador do CROOL Centro Odontológico, é Mestre e Doutor em Implantodontia. Instagram: @fredericocoelho Endereço: Av. 85, n°1.909, Setor Marista, Goiânia-GO. Contatos: 62 3941-3131 e 62 99254-4365. Instagram: @croolodontologia

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/especial-publicitario/crool-odontologia-especializada/noticia/2025/11/18/alta-performance-sorriso-em-risco-como-o-remedio-para-tdah-afeta-sua-boca.ghtml


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