Filho que matou professora é indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver
16/09/2025
(Foto: Reprodução) Matteos França Campos e Soraya Tatiana
Reprodução/Redes sociais
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da professora Soraya Tatiana Bomfim França, que foi assassinada pelo próprio filho, Matteos França Campos, em julho deste ano. Ele confessou que cometeu o crime durante uma discussão por motivos financeiros (relembre o caso mais abaixo).
Segundo a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, o homem deve responder por feminicídio com agravante por emprego de asfixia, ocultação de cadáver e fraude processual.
"No início, ele dificultou bastante, criou outras linhas investigativas paralelas e tentou ludibriar a investigação. Ele fez toda uma fraude, uma cortina de fumaça, para que a gente não chegasse até ele. Entretanto, a partir do momento em que ele foi preso, ele optou por confessar", disse Oliveira.
Além do indiciamento, a Polícia Civil se manifestou favorável à manutenção da prisão preventiva.
Com a conclusão das investigações, o inquérito policial foi remetido ao Ministério Público, que analisará as provas coletadas no caso para, eventualmente, denunciar o investigado à Justiça. Se a denúncia for aceita, o acusado vira réu e será julgado.
Relembre o caso
Filho que é o principal suspeito de matar mãe professora é preso
Matteos França Campos foi preso em 25 de julho deste ano, cinco dias após o corpo da mãe dele ser encontrado coberto por um lençol, em Vespasiano, na Grande BH. Inicialmente, sinais de violência no cadáver levantaram a suspeita de crime sexual.
Em depoimento à Polícia Civil, ele confessou ter enforcado a vítima no apartamento onde os dois moravam, durante uma discussão por motivos financeiros. Em seguida, disse que colocou a professora no porta-malas do carro dela e a abandonou perto de um viaduto.
As investigações apontaram que Matteos enfrentava dívidas relacionadas a apostas e havia feito empréstimos consignados. Ele teria “entrado em colapso” depois que a mãe reclamou da situação financeira da família.
Ainda segundo a polícia, não houve violência sexual. A motivação do crime, conforme os investigadores, foi o desentendimento.
Após audiência de custódia realizada no dia 27 de julho, a Justiça decretou a prisão preventiva de Matteos. A decisão foi assinada pela juíza Juliana Beretta Kirche.
Desde que foi preso, Matteos já foi transferido pelo menos duas vezes. Inicialmente, foi levado para o Ceresp Gameleira, depois foi encaminhado para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves e, no dia 30 de julho, foi encaminhado para o presídio de Caeté, também na Grande BH.